Heterogeneidade, herança autossômica e consanguinidade

Glossário: 

Fenótipos = características genéticas combinadas com características influenciadas pelo ambiente (como exemplo: pele bronzeada pelo sol)

Genótipos = características pela genética.

Locus = região do cromossomo.

Heterogeneidade alélica = alelos com genótipos diferentes, ou seja, genes de uma mesma característica mas com expressões diferentes. Exemplo: cabelo cacheado ou liso.

CFTR = Proteína reguladora da transmembrana da fibrose cística, reguladora do transporte na membrana.

Cromatina = DNA, cromossomos condensados ​​/ enrolados.

Fator de transcrição = a transcrição ocorre no DNA para que uma célula saiba o que deve produzir e o que não deve.

Domínios transmembrânicos hidrofóbicos = regiões das membranas das células que não interagem com água.

Nucleotídeos = subunidades de proteínas.

    Esses são os termos que acreditamos que podem trazer alguma dificuldade para a compreensão do texto. Se tiverem alguma dúvida ou queiram que atribuímos outras definições, agradeceríamos se deixassem nos comentários. Desde já muito obrigado e boa leitura.


Você sabe o que é heterogeneidade?

    Heterogeneidade refere-se aos diversos fenótipos que são semelhantes, contudo, definidos por genótipos distintos. Esse fator pode ocorrer devido mutações em diferentes loci (heterogeneidade locus) e / ou mutações diferentes em um mesmo locus (heterogeneidade alélica). 


E como afeta o indivíduo?


    Decorrente disso, a heterogeneidade alélica é de extrema importância para a variação clínica da Fibrose Cística, nenhum qual muitos locus adquirem mais de um alelo mutante, fazendo com que mutações diferentes contem resultados semelhantes. Além disso, uma heterogeneidade alélica explica a variabilidade entre portadores da mesma doença. Lembrando que em um determinado locus pode haver algumas ou razões mutações.     A transcrição de CFTR é regulada por elementos reguladores cis (CRES), são eles que controlam uma estrutura tridimensional do locus, acessibilidade da cromatina e recrutamento do fator de transcrição. Essas variantes podem contribuir justamente para uma heterogeneidade fenotípica. Essas variantes podem ser corrigidas como "genes modificadores" ligados a variabilidade clínica.     Um CFTR, que é repercutido como uma proteína, contém 5 domínios correspondentes, sendo 2 domínios transmembrânicos hidrofóbicos, 2 domínios de ligação a nucleotídeos e 1 regulador de domínio.

O que é herdado autossômica recessiva?

Como doenças autossômicas recessivas ocorrem em apenas homozigotos, as pessoas com 2 alelos mutantes e nenhum alelo normal possuem essa herança. Dado que o gene normal e heterozigoto é capaz de compensar o alelo mutante evitando assim que a doença ocorra. Logo o distúrbio autossômico tem que ser herdado dos dois genitores (exemplificado na figura 1). Para melhor análise é importante a frequência de portadores de determinadas doenças.

Figura 1: Heredograma sobre herança autossômica recessiva.

Fonte: Elaborada por Bruna Maciel Melo, 2020.

 O que é Consanguinidade?

    Consanguinidade é uma palavra herdada do latim que significa (do mesmo sangue). Portanto, pessoas consanguíneas são aquelas que apresentam um ancestral comum. Quanto maior o grau de consanguinidade, consequentemente, maiores serão as probabilidades dos indivíduos compartilharem os mesmos alelos alterados. Logo, relações que são frutos de consanguinidade podem resultar em padrão de herança - autossômico recessivo -, como exemplificado na imagem abaixo.


Figura 2: Heredograma sobre consanguinidade.
Fonte: Elaborada por Bruna Maciel Melo.



Referências:

- NUSSBAUM, Robert L, WILLARD, Huntington F, MCLNNES, Roderick R. Thompson e Thompson - Genética Médica. [s. l]. Editora. Guanabara Koogan, edição 6, pág 1-460, 2002.

- NEVES, Rosimeire Florêncio. Consanguinidade. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Votorantim, 2011. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/38851/R%20-%20E%20-%20ROSIMEIRE%20FLORENCIO%20NEVES.pdf?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 15 de janeiro de 2021.


- PARANJAPYE, Alekh et al. Genetic variation in CFTR and modifier loci may modulate cystic fibrosis disease severity. [Cleveland, OH, USA]. Journal of Cystic Fibrosis. vol 14, S10-S14, 2020. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1569199319309634#!. Acesso em: 15 de janeiro de 2021.

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